quinta-feira, 7 de junho de 2012

O artista nosso de cada dia

Quando era garoto - há poucos anos atrás...-  divertia-me, diferentemente da maioria das crianças de hoje em dia, fazendo coisas simples, como subir em árvores (adorava um pé de jaca e outro de goiaba que havia no fundo do quintal de casa, que além de gerar as suas respectivas frutas que proporcionavam um "plus" em nossa alimentação, forneciam emocionantes possibilidades acrobáticas e muita imaginação); "voar em solo" como um super herói, com sua capa feita de pano de louça da mamãe; fingir-se de cachorro, aproveitando e compartilhando a casinha do mascote vira-lata que tínhamos na época; dirigir um ônibus imaginário, utilizando-se de uma tampa de panela velha e amassada ou um mini pneu velho como volante do veículo (ficava horas e horas dando voltas pela casa...); brincar com dois isqueiros dos meus avós, os quais eram transformados em ônibus (já deu pra perceber a admiração especial que tinha por esse transporte coletivo...), entre outros meios de diversão, criados sem muitos recursos.
Além das brincadeiras citadas, amava ler histórias em quadrinhos (Homem Aranha, X-Men, Legião dos Super Heróis, Demolidor, Quarteto Fantástico, Sufista Prateado, Os Titãs - e tantos outros - eram os meus prediletos) e também fazer desenhos relacionados às brincadeiras exemplificadas. Os desenhos preferidos eram os de heróis (os já existentes...mas gostava também de criar personagens) e de veículos (advinham quais?? Sim, ônibus...)...uma pena, naquele tempo, não existir ainda câmeras digitais e computadores, pois poderia fazer o que faço com os desenhos de meus filhos (fotografá-los e salvá-los em arquivo. Vide este logo abaixo).


Lembro-me, quando ia à casa de alguém onde não havia crianças para brincar, que levava um caderno, no qual deixava registradas todas as criações geradas de uma mente irriquieta, porém repleta de felicidade. Era capaz de ficar ao longo de todo o dia pintando heróis que dariam pra salvar o universo inteiro, e "lotações" que não deixariam ninguém a pé e nem em pé...
Nesse ritmo, cresci, mantendo alguns hoobies (ainda sou embevecido por 
super heróis), privando-me de outros (não mais dirijo ônibus imaginários...deixei até de gostar um pouco desse tipo de veículo, depois que passei a utilizá-lo, juntamente e ao mesmo tempo que dezenas de pessoas, como meio de transporte diário) e descobrindo uma série de alternativas de passatempo, as quais nos fazem lembrar que nossa existência está repleta de motivos para agradecer diariamente pelo fato de termos a oportunidade de usufruir tudo o que a vida nos oferece.
É difícil entender como algumas pessoas que estão próximas a finalizar sua carreira profissional, em razão da chegada de sua aposentadoria, assumem um rígido discurso de que, ao pararem de trabalhar, nada mais terão a fazer, sentindo-se inúteis antes mesmo de terem a oportunidade de planejar/imaginar o que colocar em prática no que deveria ser a melhor fase da vida do ser humano.
Assim como aquele ser bem-aventurado que traz a arte como seu sustento, para deleite e alegria de terceiros, nós somos os artistas da sobrevivência, quando temos de criar alternativas para lidar com os percalços do cotidiano, assim como quando estamos em busca de novas emoções e formas de prazer. É a criação em prol da diversão. Os instrumentos/ferramentas/recursos estão aí, à disposição de todos...basta abrir-se para o mundo...para a vida...sem medos, preconceitos, paradigmas discriminatórios.
Recordo-me de ter visto uma recente reportagem de uma senhora de mais de 90 anos que realizou seu sonho de pular de paraquedas. Daí, concluímos que a felicidade está mais próxima do que imaginamos, bastando saltarmos para ela.
Trabalhamos, pois vem da profissão que exercemos o nosso sustento, mas há que se ter um meio de entretenimento/lazer, ao menos uma vez na semana, seja para este fim propriamente dito ou como terapia, como forma de expressão ou qualquer outro objetivo, desde que aliado ao seu bem estar.

Dicas de hobbies? Cito alguns, os quais fazem parte da minha vida: ouvir música, ler (qualquer coisa interessante), assistir a filmes em casa com a família, ir ao cinema, levar as crianças ao parque, dançar, nadar, andar, navegar na internet, viajar, fazer massagem, escrever (este, em específico, é um dos meus favoritos...alguém já deve ter percebido...), tocar um instrumento (violão e percussão), conversar, cantar e desenhar (estes dois não são o meu forte, mas faço mesmo assim...vide um exemplo de desenho que gosto de fazer, usando o Paint), além de fotografar (neste caso, amo praticar e apreciar fotografias...colocarei algumas fotos nesta e em outras postagens...), entre tantos que estão por aí disponíveis e são passíveis de se realizar...


















Benefícios disso tudo?? Cabe uma outra postagem a respeito...














2 comentários:

Mônica Barros disse...

Q lindo texto.Acho q somos mto preguiçosos qdo a questão é fazer algo novo na vida.Sempre achamos uma "desculpa" q ñ cola nem pra nós mesmos, de deixar pra depois certas modificações no nosso cotidiano.Eu amo fotografia,+ nunca sequer cogitei comprar uma máq.legal e sair fotografando tudo (como eu fazia qdo era criança),adoro violão,+ os afazeres de uma mulher casada sempre vem antes e deixei de lado tbm a idéia de aprender a tocar.E assim caminha a humanidade.Quem sabe eu ainda ñ faça algo q realmente gosto,antes de partir né???Pq se Deus me abençoar,eu só partirei qdo estiver próximo dos 100 anos.....

Dorta disse...

Mônica, inicialmente, informo que já estava sentindo sua falta aqui no blog...não suma.
Pois é, nunca é tarde para realizar as coisas que gostaríamos de colocar em prática! O importante é aproveitar todo o tempo que temos disponível, a fim de nos sentirmos bem. Qualquer segundo gasto em prol do nosso prazer é válido e compensa as horas/os dias que fazemos algo por obrigação. Como eu também pretendo viver - se Deus também permitir - até próximo dos 100 anos (uns 140...), temos muito ainda o que fazer.
Bjs.

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