sexta-feira, 23 de março de 2012

A verdade está lá fora...ou dentro de nós?


"Tudo começou quando eu estava sentado diante de meu Personal Computer, navegando pela internet, como rotineiramente faço, e, após algumas horas de extrema exaustão e uma sensação de como se estivesse engolido um "buraco negro", surgiu a vontade de "fazer aquela boquinha" inerente aos boêmios do lar, de forma que me dirigi à cozinha para pegar algo para comer e beber.
Durante a degustação do saboroso sanduiche e do suco de maracujá (para acalmar os ânimos e poder dormir tranquilamente, às 2:00h da manhã), naquele silêncio capaz de permitir a audição de um solitário pernilongo que, por ventura, passasse por ali (o único som que se ouvia no outro cômodo era a ventoinha do computador ainda ligado), tive a sensação de escutar meu nome saindo de um dos quartos - pensei ser o meu filho me chamando (o que o faz às vezes, para pedir água, ou para falar do monstro que está dentro de seu quarto...). Aguardei para ouvir se o chamado se repetiria, quando muito abruptamente o meu nome foi dito de maneira, se não assustadora, horripilante e horrenda, no mínimo, com o mesmo impacto de uma cena de um filme de terror, onde a mocinha é atacada pelo ser macabro em um momento em que ela menos esperava...ou seja, não teve meio termo: pela altura do grito, logo percebi que tinha vindo do meu quarto, local em que estava dormindo minha gestacional esposa (já com mais de 8 meses), o que me forçou, de forma desesperada, a correr em direção ao nosso aposento, pois a única explicação para tal alarde seria ou meu filho já ter nascido e caído ao chão - ou estar pendurado pelo cordão umbilical - ou minha mulher ter feito um contato imediato de quinto grau com uma barata!
Ao chegar próximo à porta de entrada do quarto, quase me choquei com a minha assustada - para não dizer histérica - amada...foi quando, quase sem ar, me disse:
- "tem uma mulher lá dentro que tentou me enforcar!!!"
Abracei-a, inicialmente, e tentei acalmá-la...após alguns minutos de conversa, mais abraços...mais conversa e posterior análise em grupo, descobrimos que ela havia tido um pesadelo...quer dizer, eu descobri...ela, até aquele momento, ainda não tinha se conscientizado disso".

Conclusão: toda mulher que já passou pela experiência de ter um filho ou está grávida acima de 6 meses sabe que é humanamente impossível dormir tranquila, em qualquer posição, com toda a protuberância abdominal que lhe é peculiar nessa condição, mas há algumas em específico que realmente não dá para se passar a noite toda nelas, como em decúbito dorsal (ventral, nem pensar!) e lateral do lado esquerdo, pois essas posições fazem com que o bebê pressione o pulmão e a veia cava da mulher, o que a deixa literalmente sem ar. Foi o que ocorreu: ela pegou no sono do lado em que não deveria ter dormido e, em um determinado momento, não conseguiu mais respirar, o que a levou a ter sonhado que outra mulher a estava estrangulando, deixando nela a sensação de que tinha sido algo muito real, a ponto de acreditar que realmente havia alguém na nossa cama tendo essa atitude. Incrível, não é mesmo?
Bem, toda essa história foi contada para demonstrar algo que é interessante no ser humano: todos temos uma tendência a acreditar em algo, que se faz verdadeiro dentro de nossas mentes e corações de acordo com diversos fatores, como educação, formação, experiências, convívio social, ou seja nossa cultura como um todo, no entanto há uma questão que influencia diretamente naquilo que definimos como nossas diretrizes básicas de vida e consequentemente em nossas crenças, a afinidade (o gosto pessoal). Em outras palavras, nós acreditamos naquilo que queremos crer.
Até alguns anos atrás, acreditava piamente em vidas extraterrestres e no fato de eles estarem "entre nós"...meu discurso era, assim como todo aficcionado pela ufologia: "Deus criou o universo com tantas galáxias, com seus planetas...não é possível que somente um mísero astro, em uma das inúmeras constelações existentes, fosse o privilegiado de possuir vida inteligente!!". As publicações, programas, matérias...enfim, tudo o que estivesse relacionado ao assunto me fascinava (na verdade, confesso que ainda me fascina...), porém eu queria acreditar que tudo o que os especialistas no assunto diziam era a mais pura verdade...e acreditava.
Atualmente, com um pouco mais de "pés no chão", creio que isso possa ser uma verdade - pois o argumento é plausível - assim como o raro evento de uma civilização ter se originado e desenvolvido em somente um planeta em todo universo também seja possível...por que não??
Essa crença anterior me fez ter muita afinidade com as séries que tinham esse tema como foco principal, como Arquivo X, por exemplo. Não obstante à qualidade da produção dos episódios, que são fora de série, a minha visão sobre as questões inexplicáveis do universo traziam ainda mais glamour ao clima que predominava durante a degustação das imagens provenientes de cada episódio da série...ou seja, aquilo me fazia bem.
Mas o importante de tudo isso é somente uma coisa: acreditar em algo...seja lá o que for...no entanto com muita coerência...acreditar que passar embaixo de uma escada dá azar à pessoa não traz benefício algum a ninguém. Nossa mente é algo pra lá de formidável, por isso inicialmente temos de acreditar no seu potencial...naquilo que é possível se conquistar com sua força, contudo tendo a noção de que ela é capaz de nos beneficiar, mas também de nos prejudicar se não a trabalharmos de forma positiva. Com o uso adequado de nosso cérebro, nos tornamos aptos a realizar qualquer coisa. Acreditem.
Enfatizo sempre que, assim como o universo em que vivemos, tudo tem de estar em harmonia. Nós como seres humanos, compostos de uma estrutura cerebral que possui dois hemisférios, onde - a grosso modo, logicamente - um está mais voltado à parte lógica/racional e o outro, ao intuitivo/emocional, temos também de permitir que haja consonância na condução de nossas vidas, não deixando que somente uma parte de nosso cérebro impere.
Sejamos todos questionadores, não admitindo que qualquer pessoa insira em nossas mentes conceitos preconcebidos antes de eles serem analisados criticamente, porém temos de nos apegar a algo para servir de diretriz em nosso caminho ao futuro, mesmo que, posteriormente, haja um desvio na trajetória anteriormente planejada.
Parafraseando a chamada da série exemplificada acima, a verdade pode estar lá fora...além de nossa limitada visão terrena, no entanto, individualmente, está dentro de nós...naquilo que classificamos como absoluta...e, se nos faz felizes e não nos prejudica, é coerentemente válida.
Para fechar, deixo - como nos posts anteriores - a trilha sonora para o auxílio na condução e absorção das idéias desse texto. Viajem para fora dos confins da galáxia e para dentro de si próprios com o lindo tema de abertura de uma de minhas séries prediletas, composta por Mark Snow.




2 comentários:

Mônica Barros disse...

Ao ler vc contar sobre acreditar.Realmente mtas vezes a gente acredita + no q os outros nos dizem a nosso respeito,do q em nós mesmos.E acredito tbm q acreditar em nós tem q ser um exercício diário.Acreditar que vc é capaz.E não se deixar abater quando alguém duvidar disso.Tenho uma amiga que trabalhava comigo na escola,que recebeu uma proposta p/ trabalhar a princípio como estagiária num banco tipo cooperativa.Ela estava c/ tanto medo de ñ dar certo,de acabar ficando sem o emprego atual e sem o "futuro emprego",que achou que não seria capaz de dar conta do recado,pois nunca havia trabalhado em um banco.Eu olhei bem nos olhos dela e disse:Gostaria q vc se olhasse no espelho e visse o que eu vejo em vc,ou seja,capacidade,garra,sede de conhecer coisas novas.Sempre q ela fazia algum trabalho p/ a faculdade,vinha me mostrar p/ eu dizer o q eu havia achado.Sempre a incentivei (c/ honestidade mesmo)+ s/se iludir tbm,mostrava o qto ela tinha futuro.Mas algo a impedia de acreditar nas minhas palavras.Hj,ela está mto bem obrigada,continua no banco,tem mto + confiança em si e sabe do q é capaz,pq conseguiu ver no espelho a menina capaz q eu ja havia visto.É assim,somos capazes de tudo e mais um pouco,é só acreditar!!!

Dorta disse...

Oi, Mônica, td bem? Já vi que vc terá inúmeras histórias para me auxiliar na ilustração dos temas aqui abordados! Que ótimo! Vc só veio acrescentar e sua atitude me deixa muito feliz (foco do blog) e deixará as pessoas que aqui entrarem.
Bjs.

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